segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

E quando refletimos... o que reflete à nós?

Há ventos Que nos trazem pessoas No reflexo do tempo. Mesmo à distância, Perpetuam-se no pensamento. São fotografias Das quais a saudade Terá sempre os negativos Revelados na memória... as vezes é necessário dividir a solidão! (Gabriela Luiz)



Após essa declaração da minha amiga me inspirei para o post de hoje, e fiquei pensando quantas saudades acumuladas, elas se misturam com a solidão, não no sentido de estar só, solidão essa que se disfarça e aos poucos mostra o quanto os pequenos momentos de nossas vidas tem tanto valor, e que podem se passar anos e esses momentos demoram tanto para fazer sentido, mas uma hora ele fazem, e  então acabamos percebendo que essa solidão é um buraco vazio e escuro antes ocupado por tudo aquilo que fazia bem, que nos completava assim como as fotografias reveladas ocupam o espaço certo em cada memória... Mas é isso que acontece quando depositamos em tudo um sentimento verdadeiro, pois só sofre aquele que foi capaz de amar. Amores diversos, cada um na sua intensidade de amar de acordo com o seu momento, todo e qualquer tipo de amor verdadeiro nos deixa marcas, algumas boas outras ruins, o que vale mesmo é no fim sair rindo de tudo e dizer que isso é vida, viver tem dessas coisas, aquele que nunca corre risco não terá nada a contar no futuro e nem para lembrar quando as lembranças deverão fazer sentido... por isso acorde todos os dias olhe para o céu e veja que não importa o que você estará indo fazer, pois faça isso por amor a vida e a você mesmo, o segredo da felicidade está dentro de você na maioria das vezes mais simples do que imagina basta um sorriso, ou fazer o outro rir... Descobri isso com o tempo ainda não domino muito bem, mas estou colocando em prática a vida me dá  claras oportunidades de mostrar que sou uma eterna aprendiz... A dança me completa e não me faz apenas feliz às vezes luto contra mim mesma, chego em casa nada satisfeita, às vezes me enfraqueço, o cansaço e a dor me fazem querer parar, e ainda sim para cada intenção, para cada cena e cada personagem me transformo me reinvento, penso que é o lugar onde posso voltar a trás e começar tudo de novo até acertar, e cada movimento é minunciosamente elaborado, se será perfeito ou não eu não sei, mas que seja verdadeiro até que as luzes se apaguem.


Bianca Martins 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Cem anos de solidão"

 “QUANDO O CARPINTEIRO LHE TIRAVA AS MEDIDAS PARA O CAIXÃO, VIRAM, ATRAVÉS DA JANELA, QUE CAÍA UMA CHUVA DE MINÚSCULAS FLORES AMARELAS. CAÍRAM DURANTE TODA A NOITE SOBRE A ALDEIA NUMA TORMENTA SILENCIOSA E COBRIRAM OS TELHADOS E BLOQUEARAM AS PORTAS E SUFOCARAM OS ANIMAIS QUE DORMIAM À INTEMPÉRIE. TANTAS FLORES CAÍRAM DO CÉU QUE AS RUAS AMANHECERAM ATAPETADAS POR UMA COLCHA COMPACTA E TIVERAM DE VARRÊ-LAS COM PÁS E ANCINHOS PARA QUE O FUNERAL PUDESSE PASSAR.”


Cem anos de solidão Gabriel Garcia Márquez




Cem anos de solidão se passa na cidade imaginária de Macondo, e conta a história de seus fundadores liderados pela família Buendia-Iguaran. José Arcadio Buendía é o patriarca da família e Úrsula Iguarán a matriarca. Trata-se de um casal de primos, que se casaram assustados pelo mito de que o casamento entre familiares poderia gerar filhos com rabos de porco. Este temor cria situações divertidas no início do relacionamento, mas também situações trágicas, e será, em última análise, o causador da mudança de cidade do casal para fundar Macondo.

   O nome Macondo aparece em Cem anos de Solidão sem nenhuma grande explicação. José Arcadio Buendía, durante a sua viagem de saída da cidade natal, tem um sonho de uma cidade cujas construções têm paredes de espelhos e cujo nome é Macondo, mas esse nome não tem nenhum significado.

   O casal tem três filhos: José Arcadio, Aureliano Buendía e Renata buendía. Posteriormente há a chegada de Rebeca. A cidade de Macondo é fundada por algumas famílias que acompanharam os Buendía durante a sua viagem, mas José Arcadio Buendía é o líder da comunidade, responsável por fazer a divisão de rescursos e mediação de conflitos. Em pouco tempo, a cidade é achada por um grupo de ciganos, que trazem diversas descobertas ao povo de Macondo. Entre os ciganos está Malquíades, um sábio que morre e ressucita diversas vezes no decorrer da história, personagem chave para o enredo de Cem anos de Solidão.

   Então, A história de Cem anos de solidão passa a girar em torno da família Buendía por diversas gerações. São mostrados os encontros e desencontros ocorridos nas vidas de seus membros por diversos anos, até que o último Buendía vivo consegue decifrar as escrituras que prediziam o futuro da família. Neste trajeto, há uma mistura bastante rica e bem dosada de elementos, personagens e passagens, que incluem um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borboletas amarelas.
                                                                       ******************


Por algum momento assim que procurei saber sobre esse livro pensei que talvez não vou conseguiria ler ele todo, mas estou me sentindo envolvida a cada frase, ai vai para vocês a minha dica de livro, não é sobre dança mas com certeza vai tocar na solidão de cada um. 

"Solidão quando é transformada em movimento, se torna invisível aos olhos dos outros, pois a solidão é um sentimento particular que só você pode descrever e transcrever"
Bianca Martins

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Crítica ao filme Black Swan, by Ricardo Santos Marques

Em minhas leituras sobre a repercussão do filme Black Swan encontrei uma critica que vale a pena repassar aqui no meu blog, aí vai para vocês se deliciarem com um pouquinho de Black Swan.
As vicissitudes de uma bailarina na sua busca pessoal pela perfeição.

É este o mote do filme realizado por Darren Aronofsky, realizador que, apesar do seu curto currículo, já nos agraciou com filmes como "The Wrestler" ou "Requiem for a Dream".

"Black Swan" - Cisne Negro em Português - dá-nos a conhecer a história de Nina (Natalie Portman), uma bailarina da Companhia de Ballet de Nova York, que dedica a sua vida exclusivamente à dança.

Quando é escolhida, contrariando as suas próprias expectativas, para ser a protagonista da nova peça da Companhia, O Lago dos Cisnes, Nina, que personifica na perfeição a inocência e graciosidade do cisne branco, terá que procurar no seu interior a forma de conseguir interpretar o cisne negro, a personificação da luxúria, corrupção e sensualidade.

Nesta demanda, Nina vai-se redescobrir, lutando contra a exasperante pressão do seu director Thomas (Vincent Cassel), a estranha amizade que vai desenvolver com a mais recente bailarina da companhia Lily (Mila Kunis), que demonstra ser a sua antítese e quem Nina considera uma rival para o lugar, a auto-exploração da sua sexualidade ou a protecção demasiado zelosa que a sua mãe procura exercer e que aparenta sufocar e consumir a protagonista. Ao longo desta "caminhada" Nina vai, a pouco e pouco, sendo empurrada para o lado mais negro da sua alma, que a própria parece desconhecer.


Estando no leque de filmes mais consagrados do ano, conta com cinco nomeações para as estatuetas douradas, e poderá gerar algumas agradáveis surpresas.Um filme que aborda situações tão reais quanto possível e que explora recantos da "psique" humana de uma forma fantástica, quase genial. Por diversas vezes foi visível e notório o arrepio ou incómodo que algumas das cenas mais intensas da película causaram na audiência.
O argumento, tão bem conseguido, prende-nos ao grande ecrã do inicio ao final do filme e dá, posteriormente, azo a "discussões" sobre algumas ocorrências, que são sujeitas a uma interpretação mais pessoal, o que acaba por ser mais um toque de genialidade do argumentista.
O ponto alto do filme é o extraordinário desempenho de Natalie Portman, actriz com formação de dança desde os 4 anos, ponto forte para o realismo e veracidade que o género de filme pretende, e que a posiciona como uma das sérias candidatas ao Óscar de Melhor Actriz Principal e que lhe poderá garantir a entrada num leque reduzido de grandes nomes femininos do cinema internacional.

Um grande filme, com uma carga emocional tremenda, um enredo fantástico e que, se ainda não tiveram oportunidade, não devem perder.

Espero que a minha crítica pessoal tenha sido do vosso agrado e vos incentive a verem este grande filme.

Abraços,

Ricardo Santos Marques

A minha paixão pela dança, fez com que eu ampliasse meu olhar critico ao decorrer deste filme, sensibilizada e louca para sair dançando no cinema quando aparecem os créditos, me senti envolvida como se estivesse no papel, pude perceber o quanto a dança precisa deste espaço e quanto ainda é tão raro ocuparmos, o filme é emocionante e perturbador do início ao fim , mas também é intenso assim como cada movimento nosso na dança, intensidade e amor... Assistam e reflitam é realmente uma obra fantástica...

Bianca Martins





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Saudades? não... muitas saudades!!!

Se fosse só sentir saudades...
mais tem sempre algo mais... É uma dor que dói no peito,
mas às vezes é necessário senti-la mesmo que não entendamos porque e mesmo que não sejamos capaz de compreender, só acontece por que tem que acontecer, com certeza  pode demorar um tempo, mas tudo volta para seu lugar se for ali que tem que estar...

Bianca Martins

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bailarina



Gira a bailarina
Na caixa de música
Lívida menina
Rodando, rodando...
Num pequeno círculo
De ouro e de espelho
Escrava do delicado
Mecanismo
Pálida e suave
Em seu bailado frívolo
Quantas vidas passa
Dançando, dançando...
Com a orgulhosa pose
De uma estirpe distante
Finita num infinito
Narcisismo
Roda a bailarina
A sua sina
De tonta
Guardiã de jóias e segredos
De família
Com a roupinha de balé
Com a sapatilha
Relíquia de passar
De mãe pra filha
Ela se persegue
Em seu passeio lúdico
Presa na caixinha
Girando, girando, girando..."

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A verdadeira dança é aquela que toca no fundo da alma, dançar move, articula, cria, forma, e muda!!!

Sem a dança eu nada seria

Saber responder perguntas é algo para inteligências supremas, os movimentos traduzem o que há de mais inquieto dentro de nós, seja bom ou ruim, o que nos faz humanos é na verdade conhecer seu próprio corpo deixar a alma falar através de nossos corpos num movimento uníssono, mas nada disso é possível se não for por amor.